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The Bothersome Man 7.1/10

Indicação dos apreciadores do fabuloso Primer, assisti a esse filme sueco tentando observar as relações que implicaram neste apontamento. Deparei-me com uma estória bastante diferente do filme de Carruth, mas bastante interessante.
Imagine um mundo onde a racionalidade prevalece. As pessoas são alheias aos acontecimentos, às emoções intensas, aos sabores, às cores, nada faz mal ou bem para seu organismo. Este seria um mundo estável? Seríamos felizes? Quão longe estamos de um reflexo de nosso mundo real nos dias de hoje?

Abutres (Carancho, de Pablo Trapero, 2010)

Ricardo Darín, faz o papel de um advogado de porta de hospital que se aproveita da situação emocional das famílias de vítimas de acidentes automobilísticos, para pegar procurações para cobrar indenizações e é claro, ficar com a maior parte da boloda.
Trapero faz uma primeira parte bem cuidadosa de seu filme, nos inserindo aos poucos naquele universo, com riquesa de detalhes que aumenta a credibilidade do que acontece. Pena que em muitos momentos ele apela para um sentimentalismo barato que poderia, e deveria, ser bem mais sutil. E nesse momento o filme tem um lacuna bem novelão, mas que felizamente não vai até o final que, apesar de previsível, é bem bom.

Nota 6,5.

*Enviado por Mandy na lista Cinema Fantástico.

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Julie & Julia

Nota: 8 Resolvi ver esse filme pela indicação que Meryl Streep recebeu ao Oscar de melhor atriz. O filme conta a história de duas mulheres que apesar de separadas pelos tempo e pelo espaço, vivem uma situação parecida: estão um pouco sem rumo na vida. Através da culinária, ambas encontrarão sua paixão e conseguirão dar uma reviravolta. Achei esse filme muito charmoso e emocionante. Eu amo culinária e filmes nesse estilo. Foi realmente muito divertido e esfomeante ver esse obra! Por fim, Meryl Streep merecia muito mais o Oscar que Sandra Bullock (opa, olha a polêmica hehehe). Ela atuou muiiiiitooo bem, e estava super divertida no personagem. Na minha opinião ela tem feito uns filmes interessante ultimamente.


Caminho da Liberdade

Nota: 8 Em 1940, pegos pelo regime stalinista, sete prisioneiros aproveitam-se da nevasca para fugir de Gulag Soviético. A liberdade desses homens tem um preço: eles têm poucas chances de chegarem a um lugar seguro sem serem pegos novamente e correm risco de morte. Vi esse final de semana e achei muito interessante. Quando li sobre o filme, ou seja, que eles atravessariam da Rússia para a Índia, achei que poderia ser bem entediante. Pelo contrário, o filme prendeu minha atenção do início ao fim, mostrando o dia-a-dia do grupo em suas dificuldades, desafios e também divertimento. O filme me ensinou bastante! Eu agora também ando vendo documentários e ele me fez reviver alguns momentos de Human Planet!

Robinson Crusoe (Robinson Crusoe, de Rod Hardy e George Miller, 1997)

Peca desde a introdução bobinha que tenta, em vão, sustentar o motivo da fuga do protagonista de seu país, até o final clichê.
Não que ser clichê seja problema. Problema é não saber usar. E os diretores desse não usam nem para estabelecer uma trama no mínimo interessante. Tudo é acelerado e deixa a sensação de que ficar preso numa ilha isolada é tranqüilo e sem sofrimento.
Vale apenas pelos primeiros contatos entre Robin e Friday, onde o filme dá a falsa impressão que vai decolar. Mas fica apenas nisso.
Nota 4,0

Em vermelho, sempre terá uma opinião minha sobre os filmes. O resto do texto é da net.

The Temptation Of St. Tony / Püha Tõnu Kiusamine (2009): O diretor Veiko Õunpuu, baseado na obra de Bosch e outros pintores, retrata o tormento de um homem que começa a desenvolver uma profunda aversão em ser uma boa pessoa, confrontado os mistérios da meia-idade e da moralidade, ao mesmo tempo que vai perdendo a compreensão daquilo que um dia já foi na vida. Tony (Taavi Eelmaa) é um gerente de fábrica elegantemente vestido, com um olhar perdido e cheio de dúvidas. Na busca por compreensão, ele enterra o seu pai - que tem o velório ofuscado pelo capotamento de um carro, adota um misterioso cachorro preto, e, na sequência mais surreal, visita um cabaré do submundo onde o excêntrico mestre de cerimônia, interpretado por Denis Lavant, realiza uma espécie de jogo onde o canibalismo prevalece. Filme estoniano absolutamente experimental, que lembra muito Bela Tarr com um quê de David Lynch, ambiciosamente elaborado e provocador. Com uma bela fotografia em P&B, o diretor mostra a descida ao inferno de seu protagonista, porém usando elementos humorísticos e inusitados. Um pouco desconexa em sua composição, ainda assim a obra demonstra que existe um cinema de resistência vivo no mundo. Nota 7,5.

Sangue Sobre A Neve / The Savage Innocents (1960): Inuk (Anthony Quinn) é um esquimó que, ofendido por um padre, comete um assassinato. Perseguido pela polícia, ele se aventura pelo inóspito norte canadense em busca de refúgio. A sinopse esconde muito do que acontece antes no filme, pois há toda uma apresentação dos costumes dos esquimós. Nicholas Ray escapa das armadilhas que o cinema convencional costumava armar quando tratava de choques entre culturas (as quais aparecem, por exemplo, no western clássico, entre brancos e índios) e nos oferece um filme físico, amoral e ousado para a época. Uma obra riquíssima e incomum, que mantém sua força até hoje. Nota 8.

Rio (2011): uma animação muito bonita e bem realizada, que comprova a evolução técnica da Blue Sky/Fox desde o primeiro "A Era do Gelo". Apropriadíssimo para as crianças, ainda assim me diverti muito na sessão em 3D (que aliás, nesse filme pelo menos, não fez a menor diferença) com algumas gags bem sacadas e com a beleza da evolução das aves na tela. Há os clichês surrados dos filmes infanto-juvenis em geral (superação, bem x mal); há, ainda, uma visão edulcorada do Rio de Janeiro, que poderá incomodar a alguns, mas acredito que essa "macumba prá turista" seja mais do que necessária para o filme se pagar e não o desabona (até porque uma importante denúncia ao contrabando de animais faz-se presente). Nota 7.

Achei os detalhes de Blu absolutamente maravilhosos. Aqueles olhos grandes, os movimentos, meu Deus, nunca vi em uma animação algo mais bonito retratando um animal. Quando filhote então...para quem se derrete por aves como eu, putz.

Não entendo muito de aves, entretanto achei o visual das aves sensacional, muito bem produzido mesmo.

Ghost in the Shell 7.3/10

Alguém já viu este aqui? Uma animação futurista baseada em um mangá considerada por muitos uma quase OP. Olha, é um belo filme sim, especialmente para os amantes de ficção e Matrix.
A estória se desenvolve em torno de uma cyborg que tenta capturar um misterioso e perigoso inimigo chamado de The Puppet Master. O filme tem um clima de pesadelo futuro, incluído naquela classe de filmes na qual a tecnologia e os seres humanos se conectam ampliando suas habilidades. Naturalmente, os males da internet e a fragilidade da segurança da rede geram poderosas "aberrações" utilizadas por indivíduos que visam interesses egoísticos e próprios. A estória é complexa, envolve confitos políticos e ideológicos mas tem limitações ao meu ver por não ir tão à fundo assim para desenvolver em futuras continuações novos elementos que se complementam com estes. Mas, sem dúvida vale uma boa visitada.

Conflitos Internos (Mou gaan dou, de Wai-keung Lau e Alan Mak, 2002)



Na guerra contra o tráfico de drogas em Hong Kong, um chefe de polícia e um chefão da máfia tem em comum o fato de terem cada um o seu espião infiltrado no inimigo.
Partindo de montagens ágeis que nos inserem na estória dos dois espiões (Lau e Chan) que agem em lados opostos, a dupla de diretores segue o caminho de cortes rápidos e ação inteligente. Mas o que poderia determinar um enfraquecimento do filme no que toca ao desenvolvimento dos personagens principais, acaba sendo beneficiado pelo modo oriental de se filmar. Lau e Chan, após anos vivendo vidas que não são suas em mundos que não eram seus, acabam invariavelmente refletindo esse desgaste natural que a representação de um personagem por tanto tempo criaria na vida real. Ponto para a dupla de atores que conseguem satisfatoriamente explorar essa dimensão de seus “trabalhos”. Chan, o policial infiltrado na máfia, usa a violência já com certa naturalidade, e o que antes era um artifício para sustentar seu disfarce, agora é algo natural e que por isso o incomoda mais que tudo. Enquanto Lau, infiltrado na polícia, sente o gosto de comandar, o que era ignorado pelo seu chefe que não via suas qualidades.
Enfim, Conflitos Internos é um filme realmente envolvente, com trama intrincada que não explica todos os detalhes, e que conta com um final digno dos melhores filmes policiais de sempre.

Nota 9,5

Alípio escreveu:

Corri pra assisti-lo quando houve a comparação de que Matrix havia pego umas idéias emprestadas. Como nao achava por nada, comprei o dvd original. Já vi várias vezes. Gosto muito, acho um desenho excepcional, como os orientais cansam de nos presentear.

Uma pena que a sua continuação nunca tenha sido lançada no Brasil e que eu, nunca tenha conseguido encontrá-la pra baixar.

Uai, se não se importa em ter resolução top, este aqui deve te servir:

http://www.fileserve.com/file/kDWMXvT

Tá on.

Mas uma busca rápida lhe dará vários arquivos, mas não sei se estão on. Eu estou baixando.
Edit: já baixei. Tá massa a imagem e tem legendas em português sem precisar procurar.

Scofa,
To tentando colocar pra baixar, mas o link está dando erro. Tem como verificar pra mim?

Só pra nao ficar a pergunta solta aqui, já baixei e estou comprando pipoca pra assisti-lo. Rs.

Está sim. E corra, viu? Caralho, filmaço. Uma das melhores animações que já vi.

Fabiano Augusto escreveu:Conflitos Internos (Mou gaan dou, de Wai-keung Lau e Alan Mak, 2002)



Na guerra contra o tráfico de drogas em Hong Kong, um chefe de polícia e um chefão da máfia tem em comum o fato de terem cada um o seu espião infiltrado no inimigo.
Partindo de montagens ágeis que nos inserem na estória dos dois espiões (Lau e Chan) que agem em lados opostos, a dupla de diretores segue o caminho de cortes rápidos e ação inteligente. Mas o que poderia determinar um enfraquecimento do filme no que toca ao desenvolvimento dos personagens principais, acaba sendo beneficiado pelo modo oriental de se filmar. Lau e Chan, após anos vivendo vidas que não são suas em mundos que não eram seus, acabam invariavelmente refletindo esse desgaste natural que a representação de um personagem por tanto tempo criaria na vida real. Ponto para a dupla de atores que conseguem satisfatoriamente explorar essa dimensão de seus “trabalhos”. Chan, o policial infiltrado na máfia, usa a violência já com certa naturalidade, e o que antes era um artifício para sustentar seu disfarce, agora é algo natural e que por isso o incomoda mais que tudo. Enquanto Lau, infiltrado na polícia, sente o gosto de comandar, o que era ignorado pelo seu chefe que não via suas qualidades.
Enfim, Conflitos Internos é um filme realmente envolvente, com trama intrincada que não explica todos os detalhes, e que conta com um final digno dos melhores filmes policiais de sempre.

Nota 9,5

Muito bom! Vou procurar... Tenho visto mais séries, mas não consegui postar por lá.

Rodrigão chegou.
Cara, você pode criar tópicos quando quiser, basta clicar no quadrado amarelo ao lado do que você clica para responder.

Mr. Scofield escreveu:Está sim. E corra, viu? Caralho, filmaço. Uma das melhores animações que já vi.

Ainda to apanhando, nem vi que tinha uma segunda página. Rs.
Mas entao, vc está me fazendo exercitar minhas desculpas, para minha namorada entender que tenho um bom motivo para precisar me atrasar pro almoço na casa dela... Rs...

The Quiet Earth (1985) 5.8/10

Indicado se você gostou de: I Am Legend (2007), The Bothersome Man (2006), The Man From Earth (2007)

Um cientista acorda, percebe que não há mais ninguém no mundo além dele mesmo e as pessoas e animais desapareceram.

O ápice de um filme com conteúdo filosófico está na realização completa dos argumentos, de forma a torná-los sólidos e deduzíveis pelo próprio espectador. Muito embora realmente haja um tempo razoável entre a apresentação dos fundamentos, o desenvolvimento psicológico do protagonista e a concretização dos surtos de grandeza e do pífio (para logo após a sobriedade retomar seu rumo com certo receio e consigo as reflexões para a questão em pauta) The Quiet Earth realmente não empolga pela falta de presença dos personagens. Um pecado mortal para uma produção que se sustenta basicamente em suas ações. Uma pena para uma ideia muito boa e que tem cenas muito interessantes até. O final não decepciona e há algumas cenas muito inteligentes, mas em geral não são suficientes.

Mr. Scofield escreveu:The Quiet Earth (1985) 5.8/10

Indicado se você gostou de: I Am Legend (2007), The Bothersome Man (2006), The Man From Earth (2007)

Um cientista acorda, percebe que não há mais ninguém no mundo além dele mesmo e as pessoas e animais desapareceram.

O ápice de um filme com conteúdo filosófico está na realização completa dos argumentos, de forma a torná-los sólidos e deduzíveis pelo próprio espectador. Muito embora realmente haja um tempo razoável entre a apresentação dos fundamentos, o desenvolvimento psicológico do protagonista e a concretização dos surtos de grandeza e do pífio (para logo após a sobriedade retomar seu rumo com certo receio e consigo as reflexões para a questão em pauta) The Quiet Earth realmente não empolga pela falta de presença dos personagens. Um pecado mortal para uma produção que se sustenta basicamente em suas ações. Uma pena para uma ideia muito boa e que tem cenas muito interessantes até. O final não decepciona e há algumas cenas muito inteligentes, mas em geral não são suficientes.

Sabe o nome dele em português? Tenho a ligeira impressão de já tê-lo visto...

O bom do fórum é que posso falar da LAI, coisa que nao faço na lista. Rs.

Vi estes dias um horroroso: Jogo da Morte, com o Wesley Snipes tentando pagar seus pecados junta a Receita. Mas a luta final entre ele e o Gary Daniels (LAI mode maximum) é maneira. Rs.
Agora, enquanto nao consigo comprar o novo do Seagal, to com 'Solomon Kane' pra ver a noite...

elizabeta_draculea escreveu:Fui ver, já tem um bom tempo, essa nova versão de O Retrato de Dorian Gray. Ben Barnes é lindo. Colin Firth é um puta ator. Ben Chaplin ta a cara do Antonio Banderas nesse filme. Isso é o que achei de relevante no filme, no resto achei a montagem ruim, tipo videoclip, cortada em momentos estranhos, sem sequência lógica e na melhor cena cortaram ¬¬.

Eu achei essa versão bem fraquinha e com umas diferenças do livro que, acho, melhor seria que não existissem.

No mais, concordo com a "boniteza" do Barnes, com a qualidade do Firth como ator e com a semelhança do Chaplin com o Banderas. Aliás, lindinhos os dois últimos também.